Coronel pode ter prometido promoção para PM matar empresário em frente a pastelaria, diz polícia
Coronel da PM teria encomendado morte O coronel Alessandro Regys Reis de Carvalho pode ter prometido uma promoção para o policial militar Leneker Breno Campos...
Coronel da PM teria encomendado morte O coronel Alessandro Regys Reis de Carvalho pode ter prometido uma promoção para o policial militar Leneker Breno Campos Ayres para que ele providenciasse a morte de empresário Fabrício Lourenço Brasil, em Goiânia, de acordo com a Polícia Civil (veja o vídeo acima). A informação foi obtida com exclusividade pela TV Anhanguera e consta no inquérito policial que apura a investigação. O g1 não localizou defesa do coronel Alessandro Regys Reis de Carvalho. Em nota, a defesa de Leneker, representada pelo advogado Júlio Mascarenhas, informou que não há provas da participação do sargento no crime. Sobre a promoção, disse que é uma informação desfundada, visto que é preciso passar por uma comissão, da qual o coronel Alessandro não faz parte, para que um militar seja promovido (leia a nota na íntegra ao fim do texto). Em nota, a Polícia Militar disse que os processos de promoção na PMGO seguem estritamente os critérios, regras e requisitos previstos na legislação vigente e que a Instituição permanece à disposição das autoridades competentes, colaborando com todos os procedimentos investigativos e cumprindo rigorosamente as determinações legais e judiciais (leia a nota na íntegra ao fim do texto). ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp A Polícia Civil investiga o assassinato do empresário Fabrício Lourenço Brasil, em frente a sua pastelaria. Segundo trechos do inquérito policial, o crime pode ter sido motivado por uma vingança, visto que Fabrício teria respondido à uma ação penal por suposto estupro de uma parente do coronel. Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, diz polícia Reprodução/TV Anhanguera De acordo com a investigação, Fabrício foi absolvido da acusação, o que pode ter gerado o sentimento de vingança. Durante o depoimento do coronel, o delegado Vinicius Teles o questionou sobre supostas ameaças de morte que ele teria feito à vítima, atitude negada pelo coronel. LEIA TAMBÉM: Vingança por estupro de parente de coronel da PM pode ter motivado assassinato de dono de pastelaria, diz polícia Empresário é morto a tiros em frente a pastelaria de Goiânia; vídeo Novas imagens mostram ação que levou à morte de empresário em pastelaria Segundo apurado com exclusividade pela TV Anhanguera, com a quebra do sigilo telefônico, a polícia descobriu que Alessandro teria pedido a Leneker que providenciasse a morte do empresário e, em troca, daria a ele uma possível promoção. "Segundo essa linha investigativa, Alessandro, ciente de que muito dificilmente Fabrício seria responsabilizado pela justiça criminal, determinara a Leneker, seu subordinado, em troca da deferência natural ao meio militar e possível promoção na carreira, providenciasse o homicídio de Fabrício", diz o inquérito. Para a polícia, os executores foram Tiago Lemes de Oliveira e Leneker Breno Campos Ayres de Oliveira, ambos policiais militares. Além disso, aponta que os dois teriam sido coordenados por José Antônio Moreira dos Santos. Os suspeitos pela morte do comerciante foram presos na última quinta-feira (4). Entre eles estão, José, Leneker, Tiago e Cleyton Souza Lima, segurança de um local que teria sido usado para dar suporte ao crime. O g1 entrou em contato com a defesa de Tiago Lemes, que disse que só vai se manifestar no processo. A reportagem não localizou a defesa de José Antônio e Cleyton. Execução Empresário é morto a tiros em frente a pastelaria de Goiânia O empresário foi morto na noite do dia 4 de outubro, quando colocava o lixo para fora. Nas imagens, a vítima aparece de camiseta vermelha, com dois sacos nas mãos, quando é surpreendido por dois homens suando capacetes de moto. Os suspeitos efetuam os disparos e fogem rapidamente. Os bombeiros encontraram a vítima já inconsciente, "alvejada por disparos de arma de fogo". Após o crime, as investigações apontam que os militares esperaram em uma região de mata, até a chegada de José Antônio em uma caminhonete. Eles teriam colocado a moto usada no crime na carroceria do veículo e tampado com uma lona, sendo levada até outra chácara em Nova Veneza. Leneker, Tiago, Jose e Cleyton passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões temporárias mantidas pela Justiça, na tarde de quinta-feira (4). Nota da defesa de Leneker Primeiramente cumpre ressaltar que não há provas cabais, da participação do sargento Leneker no crime, mas apenas meras ilações desafinadas, as quais lamentavelmente conduziram a prisão temporária dele. Referente ao questionamento de que o coronel Alessandro Regis teria oferecido uma promoção para que o sargento Leneker cometesse o crime, essa informação é completamente desfundada, uma vez que para promoção, o militar passa por uma Comissão de Promoção, formada por coronéis, e o coronel Alessandro Regis não faz parte dessa Comissão, portanto não teria como cumprir com uma promessa como esta. A defesa segue para provar a inocência do sargento Leneker. Nota da Polícia Militar A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que a Corregedoria acompanhou integralmente o cumprimento dos mandados judiciais relacionados à investigação conduzida pela Polícia Civil que envolve militares da Corporação. A Instituição permanece à disposição das autoridades competentes, colaborando com todos os procedimentos investigativos e cumprindo rigorosamente as determinações legais e judiciais. Reforçamos que os processos de promoção na PMGO seguem estritamente os critérios, regras e requisitos previstos na legislação vigente. A Polícia Militar mantém seu compromisso permanente com a ética, a moralidade e o respeito às leis, não tolerando condutas que se afastem dos princípios institucionais. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás